quinta-feira, 24 de março de 2011

O Morro dos Ventos Uivantes


O Morro dos Ventos Uivantes
Autora: Emily Brontë
Editora: Landmark
Ano: 2007

                Não sei bem como este livro tornou-se o livro de cabeceira dos nossos amigos de presa, mas o fato que após ser mencionado nos livros: Crepúsculo e O Diário do Vampiro o mundo voltou a prestar atenção neste romance não tão convencional. A história é narrada pelo sr. Lockwood o novo inquilino da Granja Thrushcross após sua visita ao seu senhorio o sr. Heathcliff, este por sua vez recebeu-o de forma pouco calorosa e um tanto quando bruta. Presenciou também uma família nada convencional, Catherine Heathcliff, a nora era tratada de forma rude, o seu sobrinho Heraton mais parecia um serviçal, mas foi quando se viu obrigado a passar a noite ali devido um temporal que descobriu quanta amargura pode causar um amor.
...”- Tenho que acabar com esse barulho seja como for! – murmurei, partindo a vidraça com o punho esticando o braço para agarrar o inoportuno galho. Em vez disso, os meus dedos prenderam os dedos da mão pequenina e gelada! O intenso terror do pesadelo tomou conta de mim: tentei recolher o braço, mas a pequenina mão agarrou-se ainda mais a mim e uma vozinha melancólica soluçou: - Deixe me entrar... deixe-me entrar!”
Na verdade naquela noite não houve um, mas sim dois visitantes o sr. Lockwood e o fantasma de Catherine, mas está a de Linton, mãe da nora de Heathcliff com o qual no passado viveu uma história de amor e devido a inconstâncias da juventude e preconceito pela diferenças sociais viram seus destinos separados. Com a perda de seu grande amor Heathcliff torna-se tão ou mais cruel, quanto às adversidades de seu destino, fazendo seu único propósito de vida destruir a todos que o afastaram de seu único amor.
Acredito que é por causa deste lado sombrio o motivo da simpatia dos seres noturnos apaixonados, pois tal qual a ele tem suas almas presas a um grande amor, sendo este o único motivo pelo qual seriam capazes de redenção. Não me admiro que este livro seja considerado um clássico da língua inglesa e já tenha sido adaptado mais de vinte vezes para o cinema, rádio e TV. Afinal suas ações envolvem a complexidade dos sentimentos humanos com toques de romantismo, realismo e misticismo. Gostar desta obra é compreender as razões humanas sabendo que muitas delas nós levam muito além do “felizes para sempre”.

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